quinta-feira

Rascunho

Não desperdice o tempo.
Ele embriaga os valentes.
Emancipa vínculos.
Corrói como ácido as paredes da memória.
Aproveite.
...Monte uma matriz de valor.
E o que vale??
A vida vale!

Pensativo,

Johny Loiola.

quarta-feira

Sentimentos

Os sentimentos são sempre estradas sinuosas.
Revelam desejos nem sempre citáveis.
A flâmula do interior é o caos existencial.
Ora sou poeta, músico, místico e gentil.


As estradas sinuosas são sempre os sentimentos.
Citem Freud como fonte fidedigna dessa descoberta.
O Id, o Ego e o Superego constituem o que sinto.
Ora sou irritante, estridente,supersticioso e ignóbil.


São sempre estradas sinuosas os sentimentos.
É um universo.
As palavras,os gestos não revelam o todo.
Ora sou enigmático,solitário,reflexivo e filósofo.


Sinuosas sempre são as estradas dos sentimentos.
Não há fôrma.Diagnóstico exato.
Supõe-se, perto ou longe da caricatura do ser.
Ora sou,contraditório,porém eu mesmo.


Eu,
Johny Loiola.

A dois

O cotidiano é a expertise apropriada para avaliar uma relação.
O desgaste, a paixão, o amor, o filho, a filha, os diálogos, os conflitos são simbioses que alimentam essa eternidade de existência em uma relação a dois.
Alguns procuram explicar essa dimensão com clichês de complexidades que não passam de vereditos populares.
Em um tempo de frieza humana onde o valor da relação baseia-se na ótica capitalista esses discursos pré-moldados ganham força e evocam a prática do individualismo.
A dois é a singularidade do “nós”.
É um convite ao significado da partilha. É a integração dos “mundos”.
Não há “meu”; Há nosso!
A conquista é a confiança, o respeito mútuo. Perdê-los é riscar um ao outro.
O ofício é gerar integridade.
A dois é a única forma de esvaziar sendo preenchido.

Com serenidade,

Johny Loiola.