Hoje é contar os dias.
Reflexão para um intensificar de desejos.
Abraços coreografam encontros.
Poesia se manifesta em verbos.
Lembranças permeiam o pensar.
Saudades são visitadas.
Vemos um gotejar de vida.
Rasgado de esperança.
Luzes e sombras nos fazem.
Porém humanos.
Valores não nos importa.
Mas sim ternura e tolerância.
Nossa estrada é outra.
Pousamos em uma outra estação.
Caminhamos na areia do existir.
Regado a vinho e prosa.
Onde quero chegar?
Onde haja amigos com viola a cantar.
Com carinho,
Johny Loiola.
Um espaço livre para a "letra viva" na tentativa de enternecer a alma.Em silêncio debulhe cada palavra e a experimente no existir.
sexta-feira
terça-feira
A tolerância nos convence
Estou interessado no que os olhos dizem.
Os olhos de Ângelus Silesius, místico, teólogo e poeta.
"Temos dois olhos
Com um contemplamos as coisas do tempo
Efêmeras, que desaparecem.
Com o outro contemplamos as coisas da alma
Eternas, que permanecem."
Não quero centralizar o meu interesse, a minha busca.
Isso é egoísmo.
Mas, a espiritualidade desassossega-me.
Permeia os caminhos que não ando e visita os sonhos que não tenho.
Pensei em Gaza e em Israel.
E perguntei; “O que a invasão de Gaza tem haver com espiritualidade?”.
Uma boa pergunta.
Mas vendo notícia ali, comentários de lá, percebi o punhado de teorias sobre o fato.
O segmento religioso diz que a razão da invasão é apocalíptica ou profética.
Esperei a explicação geopolítica e falaram-me que o domínio territorial é o motivo.
Conclui que todos têm um conceito, uma teoria a cerca da ocasião.
Por isso me senti livre para expor o que penso.
A minha teoria acredita que o que gera toda essa tragédia é a intolerância.
É não saber lidar com o oposto, o diferente, o contrário, o outro.
E em não saber, provoca a alma os sentimentos de ódio, ira, repúdio e dissensão.
A intolerância é elemento espiritual que faz parte de qualquer sociedade seja oriental ou ocidental.
Ser intolerante é ser castrado do outro, é engaiolar a alma.
Dói-me ver uma guerra que arrebenta com os inocentes, aquecida pela intolerância.
E aí me lembro de quantas vezes invadimos Gaza.
É!
Toda vez que somos intolerantes somos soldados armados entrando em Gaza.
Quantas vezes espancamos nossos amigos por não converter-se a nossa opção religiosa?
Quantas vezes não aceitamos o outro?
O nosso ostracismo ao negro.
A nossa indolência aos homossexuais.
O nosso deboche aos deficientes físicos.
A nossa impiedade ao pobre.
A nossa omissão.
Nossas almas estão com gavetas de intolerâncias.
Por isso despir-se disso é reservar um espaço à ternura.
“A tolerância nos convence do pecado, da justiça e do juízo “.
Com carinho,
Johny Loiola.
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