terça-feira

Desejamos o Proibido

Nós somos assim,
Misteriosos,
Não assumimos o que queremos,
Desejamos e dizemos que não,
Dizemos que não e queremos,

Somos a feito ao pecado,
Ao proibido,
E não dizemos,
Fechamos isso em nossa alma,
De preferência no quarto escuro,

Negamos nossas vontades,
Em prol da vida,
De uma relação ,
De uma amizade,
De um sonho ,

Nossa cama é visitada,
Por noites dicotômicas,
Prazer, fantasia e não-desejo,
Nossas estradas são acompanhadas,
De encontros inesperados,
De afetos desejados,

O proibido nos convida,
É atrativo é belo,
Se não o fosse,
Acaso desejaríamos?
Pergunta sabendo o que responder:
Desejamos o proibido.

Com carinho, 
Johny Loiola.

Outono

Não se sinta assim...
Sinta-se como a flor,
Que deixou cair sua pétala,
E que a cada pétala,
Embriaga com seu perfume,
Que a cada dia vivido,
Hipnotiza,
sensualiza,
Os que a veem,
Valoriza o "eu-fêmea",
Permite-se sentir,
O seu cheiro,
E sabor,
Mas,
Não permite desfigurar-se em meio ao outono.

Com carinho,
Johny Loiola

Antes Tarde Do Que Noite

A vida é assim,
Nada de novo,
Ou tudo novo,
Não saberemos ao certo.

Nada de bom,
Ou tudo de bom.
Ao certo não saberemos.

O que importa é viver!
Certo?!
Não saberemos mais uma vez.

A incerteza é única certeza,
Que o coração guarda,
Quanto ao futuro,

Ou seja,
Ao novo,
Ao amanhecer,

O nascer,
Representa incerteza,
Incerteza de continuar a viver.
O amanhã,
É o anseio por hoje passar,
Sem certeza do que o aguardar.

Projetamos,
Sonhamos,
E até Amamos,

Mas nada nos importa,
E o que importa?
Controlar o que nos importa.

O tempo nos importa,
Temos uma dicotomia sobre ele,
Deseja-se eternizar e ao mesmo momento esperamos que ele passe.

A mocidade vem,
E o dia vem,
E consigo a maturidade,

A velhice vem,
Não queremos que o dia vá,
E a impotência de controlar os "pôr do sol" nos atormenta,

Não sejamos desejos
Por qualquer estação,
Ou fase do tempo e do dia,

Desfrutemos o amanhecer,
A tarde vespertina e
O escuro da noite.

Com carinho,
Johny Loiola